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Renato: elegante e sincero

Em janeiro ele costuma programar a vida. Em dias que consegue agregar a turma, faz cavalgadas pela região do sul de Minas. Estar com a família, os amigos e tocar uma viola, “aí fica perfeito”, ele diz. Renato Vieira, empresário, está à frente do Haras Alcatruz há 4 anos. O sufixo já existe há cerca de 20 anos e o Haras fica em Santa Luzia, MG. Desde 2016, Renato investe em um novo espaço em Aiuruoca e já demonstrou ser um ótimo anfitrião. Em 2017, recebeu a Cavalgada do Batom, organizada pelo Clube do Cavalo de Cruzília e se prepara para receber o Marcha & Prosa, em agosto.

Criar cavalos foi uma forma de se distrair e buscar novas formas de investir. Em uma visita ao Haras JM, Renato refletiu “ah, eu acho que é isso mesmo o que eu quero”, e assim foi. “Hoje devemos ter uns 250 animais (fora as receptoras)”, ele diz. O criador acredita que o melhor do cavalo são as amizades criadas e pontua a importância para ele que sua família também viva este meio. “É um mundo que eu gostaria que os meus filhos vivessem mais, eu tive isso na minha infância e quero que as minhas netas também vivam o cavalo e o contato com a natureza intensamente”, ele revela. A seguir, um pouco da nossa conversa.

SF: Quais são os maiores desafios hoje para o criador?

RV: Acho que o financeiro é um desafio. Tornar o negócio sustentável é um grande desafio. Também acredito que seja interessante fomentar o esporte para o cavalo (cita o exemplo do Quarta de Milha). A chance de elevar o preço médio de um cavalo que não é para a pista, nem um cavalo normal de sela, aumenta. Aí, teríamos animais que de 10 mil, poderiam valer 20, 30 mil… Um cavalo intermediário seria fundamental para fomentar essa questão financeira.

SF: O que fazer quando as tendências vão para um lado e você está com outra perspectiva em relação à seleção?

RV: Antes de criar cavalo, eu gosto de andar à cavalo. Então, para mim, vai ser sempre o andamento o diferencial. Inclusive, tenho a humildade de falar que tenho uma certa dificuldade em diferenciar o cavalo bom do muito bom, o que é terrível. Mas eu monto!! Então, quando eu monto, eu vejo qual está mais macio, qual está melhor de conduzir, me oriento por aí. Não acompanho muito modismo, não. A montada é essencial. E, também, o cavalo tem que ser bonito! Beleza é fundamental. Gosto de cavalgar, trago as netas para cavalgar… Quando vamos escolher o caminho, sempre digo: “é seguro para criança?”. Na cavalgada do Record (quase record) levamos mais ou menos cem amigos!

Quando fazemos cavalgadas, cobramos uma taxa e direcionamos o dinheiro arrecadado para instituições de caridade.

SF. Sobre limitar embriões por doadora…

RV: Acho que todo mundo está fazendo embrião demais, eu não sei onde vai chegar isso… Se forem regular a política de embriões, estou dentro, acho muito bem-vindo. Tenho uma preocupação com o pequeno criador, topo qualquer coisa que ajude o pequeno criador, acho muito interessante.

SF: Na ABCCMM, pontos fortes e pontos que precisam de atenção…

RV: Tivemos a sorte de ter presidentes que foram muito bem… A raça evoluiu num patamar que está muito bom. Eu acho que essa parte de achar um preço intermediário para o cavalo para o esporte (tambor, não sei o que falar) seria ideal. Os cavalos que participam do Caminhos do Marchador podem ter mais valor de mercado…. Um cavalo bonito, temperamento bom, que anda bem, é difícil achar…. Acho interessante que o cavalo que ganhe o enduro tenha mais valor de mercado.

SF: Admira na Raça…

RV: O que eu acho fantástico é a evolução do cavalo Mangalarga Marchador… Também quem assume entidades, quem se candidata à presidência… Esse movimento de Cruzília, esse Marcha & Prosa é espetacular…

 
 
 

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